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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Criança, A alma do negócio

Com a velocidade da informação e o mundo globalizado, não foi difícil para a indústria descobrir que é mais fácil convencer uma criança do que um adulto. A criança se tornou a alma do negócio para a publicidade, e logo, trataram de bombardear propagandas que estimulam o consumo usando uma linguagem pratica direcionada para eles.

É comum atualmente ver crianças aos cinco anos, que já vão à escolas totalmente maquiadas e deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes. Possuem celular, notebook, usam roupas de grife, freqüentam salão de beleza e academia. Os meninos não ficam atrás. A metralhadora dispara e acerta bem no alvo: crianças nunca estiveram tão bem informadas quanto aos lançamentos e tendências de brinquedos, roupas, tênis. Mirar na garotada é importante porque, impactadas precocemente, as crianças tendem a ser, no futuro, mais fiéis às marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é imposto. Num jogo desigual e desumano, os anunciantes ficam com o lucro enquanto as crianças arcam com o prejuízo de sua infância encurtada, e prejuízos com a saúde.

Consumir é algo que faz parte de nossas vidas. A não ser que se esteja vivendo dentro de uma caverna, todo o dia quer possuir algo a mais, por causa da publicidade, por causa da sociedade de consumo, ou porque é impossível resistir às últimas novidades. Os adultos podem se valer das regras para consumir menos, para controlar atos impulsivos de compra, mas a criança que não diferencia o certo do errado se vale do apelo. Os pais cheios de culpas pela falta de tempo que precisam trabalhar e pagar inúmeras contas geradas pelo consumo acaba cedendo ao invés de propor a discussão do consumo que o mundo não pode continuar este lixão e o nosso planeta esta se degradando a cada dia.

Apesar da influência dos meios de comunicação, os pais, a escola e a sociedade desempenham papel fundamental para que nossas crianças estabeleçam hábitos saudáveis (ou não!) de consumo. É primordial fazer uma auto-avaliasão, porém acho que o governo tem grande parcela de culpa e contribui para o agravamento quando não dão a importância nas políticas publicas a questão da segurança. As crianças têm de ter o direito de brincar livremente nas ruas e parques, como isto não é possível os pais pela falta de segurança não incentivam seus filhos e preferem que fiquem em ambientes fechados, poucos atrativos para brincadeiras de correr, pular, criar apenas propicia a TV, o computador e o consumo de guloseimas.

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