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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Conceito de Fome:

A fome é a escassez de alimentos que, em geral, afeta uma ampla extensão de um território e um grave número de pessoas.
Os Tipos de Fome

1 – Fome Celular ou Fome Nutricional:
Nosso organismo e nossas células precisam de um determinada quantidade de macro e micronutrientes todos os dias. Vitaminas, sais minerais, oligo-elementos, proteínas etc… são necessários todos os dias. Nutrientes Essenciais – São nutrientes que nosso organismo NÃO produz, portanto sua alimentação TEM QUE TER. Um exemplo de nutriente essencial é a vitamina C. Nutrientes Naturais – São os nutrientes que seu organismo consegue fabricar por conta própria se, por acaso, faltar na sua alimentação. É claro que isso envolve um gasto maior de energia, mas seu corpo dá um jeito de resolver essa carência. Normalmente uma suplementação inteligente e um bom substituto de refeição resolvem esse tipo de fome facilmente.

2 – Estado de Privação:
Se voê passar mais de 3 horas sem comer nada, seu organismo entra em uma espécie de condição de emergência, chamada de estado de privação. Nessa situação seu corpo interpreta a baixa da glicose no sangue como uma incerteza em relação à alimentação, então ele começa a se poupar e te dar desejo de comer doces. Seu organismo se poupando significa que ele baixa o metabolismo, que é a energia gasta para as suas atividades. Se você gasta menos energia, naturalmente você emagrece menos. É por isso que, quando as pessoas me dizem que não tomam café da manhã eu sempre respondo dizendo que é por isso que elas engordam. Se seu corpo estiver em estado de privação, a próxima comida que você comer ele vai imediatamente estocar em forma de gordura. Portanto ficar sem comer para emagrecer é a maior burrice que existe. Além disso, mais de 5 horas em estado de privação te deixa com a famosa “fome de leão”.

3 – Sensação de Estômago Vazio:
Essa é uma das piores, porque incomoda demais e costuma vir acompanhada do estado de privação. Por outro lado é o tipo de fome mais fácil de resolver. É só beber água. Muita água. Pelo menos 3 litros por dia de ÁGUA PURA. Uma vez eu estava dando treinamento de controle de peso e uma pessoa falou que tomar mais de um litro de uma vez pode fazer mal. Isso é óbvio! Esses 3 litros que eu digo pra tomar são AO LONGO DO DIA.
4 – Fome Emocional ou Ansiedade:
Muitas vezes nós comemos simplesmente para mudar nosso estado emocional e a certeza disso ainda preenche uma das nossas necessidades emocionais mais básicas. Você já notou que depois de uma refeição com muito carboidrato te dá um soninho, um relaxamento? Pois é. Várias substâncias que há nos alimentos são capazes de estimular uma série de emoções. Há alimentos que pioram seu humor, há alimentos que te deixam com raiva, medo, alívio, excitação etc… Falo isso em detalhes num treinamento chamado “Nutrição e Comportamento“. O antídoto para esse tipo específico de fome seria usar uma alimentação e uma suplementação que minimizassem as emoções negativas e estimulassem a produção de neurotransmissores que causam sensações de bem estar (serotonina, endorfina etc…).



Fome no Mundo
um problema sem solução?

Resolver o problema da fome
não depende só dos países em desenvolvimento


Em 1974, durante a Conferência Mundial sobre Alimentação, as Nações Unidas estabeleceram que “todo homem, mulher, criança, tem o direito inalienável de ser livre da fome e da desnutrição...”. Portanto, a comunidade internacional deveria ter como maior objetivo a segurança alimentar, isto é, “o acesso, sempre, por parte de todos, a alimento suficiente para uma vida sadia e ativa”.


E isso quer dizer:
- Acesso ao alimento: É condição necessária, mas ainda não suficiente; - Sempre: E não só em certos momentos; - Por parte de todos: Não bastam que os dados estatísticos sejam satisfatórios. É necessário que todos possam ter essa segurança de acesso aos alimentos; - Alimento para uma vida sadia e ativa: É importante que o alimento seja suficiente tanto do ponto de vista qualitativo como quantitativo. Os dados que possuímos dizem que estamos ainda muito longe dessa situação de segurança alimentar para todos os habitantes do planeta.

Quais são as Causas?
A situação precisa ser enfrentada, pois uma pessoa faminta não é uma pessoa livre. Mas é preciso, em primeiro lugar, conhecer as causas que levam à fome. Muitos acham que as conhecem, mas não percebem que, quando falam delas, se limitam, muitas vezes, a repetir o que tantos já disseram e a apontar causas que não têm nada a ver com o verdadeiro problema. Por exemplo: A fome é causada porque o mundo não pode produzir alimentos suficientes. Não é verdade! A terra tem recursos suficientes para alimentar a humanidade inteira. A fome é devida ao fato de que somos “demais”. Também não é verdade! Há países muito populosos, como a China, onde todos os habitantes têm, todo dia, pelo menos uma quantidade mínima de alimentos e países muito pouco habitados, como a Bolívia, onde os pobres de verdade padecem fome!


No mundo há Poucas Terras Cultiváveis! Também não é verdade. Por enquanto, há terras suficientes que, infelizmente, são cultivadas, muitas vezes, para fornecer alimentos aos países ricos!


As verdadeiras Causas As causas da fome no mundo são várias, não podem ser reduzidas a uma só. Entre elas indicamos:


As Monoculturas: O produto nacional bruto (pib) de vários países depende, em muitos casos, de uma cultura só, como acontecia, alguns anos atrás, com o Brasil, cujo único produto de exportação era o café. Sem produções alternativas, a economia desses países depende muito do preço do produto, que é fixado em outros lugares, e das condições climáticas para garantir uma boa colheita.


Diferentes Condições de Troca Entre os Vários Países: Alguns países, ex-colônias, estão precisando cada vez mais de produtos manufaturados e de alta tecnologia, que eles não produzem e cujo preço é fixado pelos países que exportam. Os preços das matérias-primas, quase sempre o único produto de exportação dos países pobres, são fixados, de novo, pelos países que importam.

Multinacionais: São organizações em condições de realizar operações de caráter global, fugindo assim ao controle dos Estados nacionais ou de organizações internacionais. Elas constituem uma rede de poder supranacional. Querem conquistar mercados, investindo capitais privados e deslocando a produção onde os custos de trabalho, energia e matéria-prima são mais baixos e os direitos dos trabalhadores, limitados. Controlam 40% do comércio mundial e até 90% do comércio mundial dos bens de primeira necessidade.


Dívida Externa: Conforme a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a dívida está paralisando a possibilidade de países menos avançados de importar os alimentos dos quais precisam ou de dar à própria produção agrícola o necessário desenvolvimento. A dívida é contraída com os bancos particulares e com Institutos internacionais como o Fundo Monetário e o Banco Mundial. Para poder pagar os juros, tenta-se incrementar as exportações. Em certos países, 40% do que se arrecada com as exportações são gastos somente para pagar os juros da dívida externa. A dívida, infelizmente, continua inalterada ou aumenta.

Conflitos Armados: O dinheiro necessário para providenciar alimento, água, educação, saúde e habitação de maneira suficiente para todos, durante um ano, corresponde a quanto o mundo inteiro gasta em menos de um mês na compra de armas. Além disso, os conflitos armados presentes em muitos países em desenvolvimento causam graves perdas e destruições em seu sistema produtivo primário.


Desigualdades Sociais: A luta contra a fome é, em primeiro lugar, luta contra a fome pela justiça social. As elites que estão no governo, controlando o acesso aos alimentos, mantêm e consolidam o próprio poder. Paradoxalmente, os que produzem alimento são os primeiros a sofrer por sua falta. Na maioria dos países, é muito mais fácil encontrar pessoas que passam fome em contextos rurais do que em contextos urbanos.

Eis o que nos dizem as estatísticas:

- Há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo.

- 11 mil crianças morrem de fome a cada dia.

- Um terço das crianças dos países em desenvolvimento
apresentam atraso no crescimento físico e intelectual.

- 1,3 bilhão de pessoas no mundo não dispõe de água
potável.

- 40% das mulheres dos países em desenvolvimento são
anêmicas e encontram-se abaixo do peso.

- Uma pessoa a cada sete padece fome no mundo.


Desigualdades Sociais: A luta contra a fome é, em primeiro lugar, luta contra a fome pela justiça social. As elites que estão no governo, controlando o acesso aos alimentos, mantêm e consolidam o próprio poder. Paradoxalmente, os que produzem alimento são os primeiros a sofrer por sua falta. Na maioria dos países, é muito mais fácil encontrar pessoas que passam fome em contextos rurais do que em contextos urbanos.


Neo-colonialismo: Em 1945, através do reconhecimento do direito à autodeterminação dos povos, iniciou o processo de libertação dos países que até então eram colônias de outras nações. Mas, uma vez adquirida a independência, em muitos continuaram os conflitos internos que têm sua origem nos profundos desequilíbrios sociais herdados do colonialismo. Em muitos países, ao domínio colonial sucederam as ditaduras, apoiadas pela cumplicidade das superpotências e por acordos de cooperação com a antiga potência colonial. Isso deu origem ao neocolonialismo e as trocas comerciais continuaram a favorecer as mesmas potências. Quando um país vive numa situação de miséria, podemos dizer que, praticamente, todas essas causas estão agindo ao mesmo tempo e estão na origem da fome de seus habitantes. Algumas delas dependem da situação do país, como o regime de monocultura, os conflitos armados e as desigualdades sociais. Elas serão eliminadas, quando e se o mesmo país conseguir um verdadeiro desenvolvimento. Mas outras causas já não dependem do próprio país em desenvolvimento, e sim da situação em nível internacional. Refiro-me às condições desiguais de troca entre as várias nações, à presença das multinacionais, ao peso da dívida externa e ao neocolonialismo. Isso quer dizer que os países em desenvolvimento, não conseguirão sozinhos vencer a miséria e a fome, a não ser que mudanças verdadeira-mente importantes aconteçam no relacionamento entre essas nações e as mais industrializadas.

Fontes:


http://www.webciencia.com/13_fome.htm
http://www.sejaexcelente.com.br/wordpress/index.php/2010/01/08/os-4-tipos-de-fome/
http://www.pime.org.br/mundoemissao/fomesolucao.htm

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