Desculpe-nos...

Este blog foi encerrado em agosto de 2010...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Todos veem, ninguém percebe

Quando ligamos a TV, ouvimos o rádio ou lemos o jornal, nos deparamos com o principal combustível da mídia: a propaganda. E a cada dia esta publicidade está mais voltada para as crianças.

Como sabemos a sociedade do futuro, a que irá nos conduzir, são as crianças de hoje. Temos que nos esforçar para manter os bons valores, mas o que acontece é justamente o contrário, estes valores estão sendo trocados por coisas materiais, pelo consumismo.

A mídia pouco se importa com as conseqüências deste abusivo bombardeamento mental de publicidade de produtos, muitas vezes não necessários. Em um artigo publicado no site Eduquenet, Gisele Lazarino Cunha diz:

“De um modo geral a mídia pouco se importa com o que acontece ou deixa de acontecer, com as crianças e adolescentes do nosso Brasil. Vez por outra, troca-se uma ou outra informação, geralmente de tragédia relacionando crianças com drogas, crimes e miséria que assola o país, ou de crianças que possuem computadores e são os maiores feras no vídeo game, enquanto que as outra desfavorecidas, brincam com pedaços de brinquedos “quando têm”.”

A criança brasileira hoje é a que mais assiste televisão: quase 5 horas por dia. Aliando isso à falta de leis que inibem a publicidade abusiva temos uma legião de potenciais consumidores, que além de criarem uma cultura excessivamente consumista para si, influenciam e muito os seus pais, fazendo com que todos façam as mesmas coisas; estas que os “ricos” donos das indústrias querem que façamos, sendo nós manipulados e controlados sem que nós tomemos consciência deste fato.

Este consumo em larga escala gera muitos conflitos sociais. Por exemplo: duas crianças vêem uma publicidade; enquanto que uma tem condições e compra o produto, a outra é impossibilitada e não compra. A que comprou, por sua vez, se acha superior a que não tem, e humilha a outra. Este é um clássico exemplo que acontece freqüentemente na sociedade não só brasileira, mas no mundo todo; fora os inúmeros outros casos com características semelhantes, como uma adolescente matar outro por causa de um tênis importado, sendo que não há uma necessidade real para isto.

Com esta triste realidade – controle do sistema -, penso como podemos agir em prol de uma sociedade mais desintoxicada de propagandas, mais livre de “lavagens cerebrais” e mais focada na real aprendizagem e consumo consciente. Será fazendo protestos, sendo radicais e outras coisas do gênero? Por mais que façamos coisas assim, o melhor a ser feito é nós mesmos tomarmos consciência da triste situação em que vivemos, e também abrir o olho dos nossos mais próximos. Só assim é que poderemos um dia mudar o mundo.

Um comentário:

  1. Caro Giordano,

    Muito bem observado que o “combustível” da Mídia é a propaganda... Afinal, são as propagandas que, por pagarem para irem ao ar, mantêm as emissoras de rádio e TV, não é mesmo?

    Outro ponto importante de teu texto é a chamada de atenção para o fato de que existem crianças que não participam da Grande Mídia. Estão fora por serem excluídas e marginalizadas em sua situação de miséria que nada pode comprar... Destas, também a infância é roubada, você não acha!? Porém, isso é feito de um modo diferente e muito mais cruel...

    Outro ponto ainda: muitas vezes, quando um assalto acontece sua verdadeira motivação não é a necessidade do calçado, por exemplo, mas a vontade e o desejo de também ter aquele produto...

    Termino comentando que é isso mesmo: temos de comunicar aos próximos as armadilhas midiáticas nas quais eles poderão cair...

    Abração do prof.,

    Donarte.

    ResponderExcluir