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sexta-feira, 21 de maio de 2010

As duas classes de consumidores


O documentário "Criança, a alma do negócio" nos traz uma realidade insatisfatória, mas também muito explícita, bem em nossa frente, sem que a percebamos.
Achei o documentário muito bem elaborado, levantando pontos na maioria das vezes não percebidos, ou interpretados, que precisam ser divulgados para serem amenizados.Vídeos como esse deveriam ser mais mostrados ao público geral, pois, de uma maneira generalizada, o consumismo sempre afeta quem tem menor capacidade de explanação das reais intenções da mídia; Pois ela (mídia) encontrou uma fonte indireta de consumidores, ou seja, que não compra, mas que facilmente faz comprar, pois o que um pai e uma mãe mais gostam é ver seu filho feliz, e nem todos são capazes de dizer não, e também propagar uma cultura não-consumista, ou menos consumista, aos seus filhos, fazendo com que tudo continue como está.
A relação propaganda-criança é muito forte, pois, é por onde elas são "manipuladas" e subliminarmente encaminhadas à cultura " Ter é Ser", que é o resumo do consumismo.
Concordo com a idéia do documentário, de que a mídia encontrou uma fonte inesgotável e insaciável de pequenoa compradores em potencial, que por ser fáceis de entender, tornam-se fáceis de serem manipulados.
No mundo globalizado e capitalista em que vivemos já é comum sermos bombardeados por propagandas pois já se tornou comum estarmos rodeados de informação à todo instante.

Fixando nossos olhares nos jovens, percebemos que a maioria, ou os mais informados, têm um olhar muito pratico, com relação à propaganda, talvez não por serem mais informados ou inteligentes, mas sim atualizados, pois é algo que nasceu junto com eles, e que sem perceber, os foi ensinando como à interpretar.

Hoje o grande objetivo da propaganda é, sem dúvida, atingir uma nova sub-divisão de consumidores. Uma classe muito mais difícil de ser “manipulada”, muito mais intendedora da situação, e consciente dos reais objetivos do “oponente”, mas que, mesmo assim, também e levada pelo jogo de sedução que a mídia os impõem.

Por se tornarem grandes conhecedores e vivenciá-las a todo momento, os jovens sem perceber, criam classificações para as propagandas.

Negativa – São as invasivas, onde o modo como são levadas ao consumidor é irritante, ultrapassado e acaba se tornando chato, por invadir a sua privacidade, realizando pó processo totalmente contrário ao que ela foi projetada, deixando uma idéia negativa do produto. Os melhores exemplos são os Pop-Ups.

Neutras – Não deixam de ser interessantes, mas não possuem nada que as diferencie do resto. As vezes até são boas, mas o modo como foram expressadas estragam tudo. Banners, propagandas em revistas e etc.

Positivas – Na mente do consumidor, elas são exatamente o que ele precisa. Elas possuem um alto potencial de atração, interagem e envolvem, deixando ao consumidor uma curiosidade que a torna um ótimo produto. São anúncios diferenciados, com promotores entre outros.

A propaganda positiva, de alta interação e curiosa, é que consegue fisgar a sub-divisão que citei acima, ela chama tanto a atenção que difunde a idéia “PROPAGANDA, ah que saco”, e se torna algo interessante, que atrai sem forçar a nada. Que surpreende, marcando o consumidor, e quando ele pensar naquele produto, ele lembra da propaganda, e leva desta marca. Quanto mais diferenciada a chamativa a propaganda for, sem se tornar esdrúxula, melhor resultado ela terá. Por exemplo, o que são as “Modas”, elas nada mais são do que uma marca que conseguiu entender a mente desta sub-divisão. É quando a mídia consegue lançar seu produto a outra classe de consumidores, quando ela adquire mais consumidores envolvidos pela sua propaganda tornando-os iguais aos outros, encaixando-os na parte dos desvendados e agora compreendidos.

Um comentário:

  1. Texto ótimo, Caro Volk!!!
    Podemos afirmar, com base no teu texto, que a moda é aquilo que foi aceito!?
    Reflitamos!
    Abraço do prof.,
    Donarte.

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